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terça-feira, 7 de julho de 2020

Um manifesto do Futuro: a singularidade da vida, o escárnio diante da morte e o Fim dos Tempos



                                                                                                          Texto redigido coletivamente
Segundo a mitologia nórdica, o destino dos homens e dos deuses é traçado por três fiandeiras que vivem sob as raízes do grande freixo de Yggdrasil. Consideradas como deusas do tempo, as três nornas (nornir) realizam um trabalho contínuo engrossando os fios que nos ligam à vida, torcendo-os com força de modo a traçar o destino dos habitantes dos nove mundos. O trabalho de cada uma das tecelãs se associa a um tempo específico. Assim, a anciã Urðr se volta para o passado (como “aquilo que se tornou”), a maternal Verðandi se preocupa com o tempo presente (com “aquilo que acontece”), enquanto que a virgem Skuld se preocupa tão apenas com aquilo que está por vir (com “aquilo que é necessário”). O destino dos homens e dos deuses estaria relacionado à ação coordenada das três fiandeiras uma vez que passado, presente e futuro seriam entendidos como elementos indissociáveis. De acordo com a narrativa mítica, o poder das nornas estaria acima da autoridade dos deuses devido à faculdade de intervir no destino de todos: na sorte, no azar e também na providência.  
Na crença popular nórdica, as três fiandeiras estariam associadas equivocadamente à figura da morte devido à capacidade de controlar o destino dos homens e dos deuses. Não obstante, esta leitura pode ser considerada enviesada, pois a tarefa de fiar também se relaciona com o nascimento, com a vida, com o entrelaçamento entre as distintas dimensões temporais que conferem sentido à existência humana. É importante notar que cada fio da nossa existência se faz representado por linhas com espessuras e tamanhos distintos expressando de tal modo o tempo e a qualidade da vida que levamos. Para que a vida se renove em toda a sua plenitude, as fiandeiras precisam regar continuamente a grande árvore. A despeito do louvável trabalho das fiandeiras do destino, a vida em tempos presentes carece de sentido real e abstrato. Por mais inacreditável que pareça, a única certeza que se pode inferir é que o tempo presente marcará inequivocadamente o destino de muitas gerações. (In)felizmente, o fim do mundo ao qual conhecemos está na agenda do dia... Que venha o Ragnarok!
O texto que se segue é uma análise sobre os tempos presentes e vindouros, é uma reflexão sobre a crise vivenciada no Brasil e no mundo em seus múltiplos aspectos (político, econômico, sanitário, etc.). Em tempos de obscurantismo, de negação da verdade, de ataques dissimulados à vida do outro, defender o conhecimento científico se tornou um ato revolucionário. Nesse sentido, a nossa missão enquanto grupo de extensão é mais simples do que parece: trata-se apenas de defender o óbvio. Por conseguinte, a educação pública representa para nós um bem inegociável na construção de uma sociedade livre, plural e democrática. O presente texto é, acima de tudo, um manifesto a favor da vida, em defesa da Ciência, da Pesquisa e da Universidade Pública, como per excellence, defensora da produção e da disseminação do conhecimento científico. 

Exórdio sobre o Fim de uma Era

Em artigo recente, Slavoj Zizek (2020) afirmou que a propagação do coronavírus em uma escala global propiciou a disseminação de outro vírus igualmente destrutivo a despeito de sua face ideológica. Este vírus ideológico, até então em estado latente na sociedade, emergiu do esgoto da política há alguns anos fazendo do ódio ao diferente a sua forma rotineira de fazer política: o ódio ao homossexual, ao preto, ao pobre, ao favelado, ao “macumbeiro”, às mulheres, etc. Como um espectro que ronda o Brasil e o mundo em pleno século XXI, um séquito de fundamentalistas proclama a morte ao outro sob o trivial: “bandido bom é bandido morto”. Em um passado não tão distante assim, o inimigo também recebera a alcunha por parte dos controversos cidadãos de bem de “comunistas”. Hoje, tal como antes, a classificação dos indesejáveis pelo rótulo de comunista segue na ordem do dia, em um movimento estranho que se estende da Rede Globo aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Mais do que seriedade para lidar com essa horda, é preciso uma pitada de bom humor... Rir ainda é o melhor remédio para tempos difíceis. 
Convencionou-se avocar a loucura para classificar os atos funestos do Inominável, do seu clã e da horda que o aplaude. A defesa consciente da tortura física e da aniquilação do outro nada tem a ver com a loucura. Eles sabem o que fazem, e o fazem conscientes da realidade com doses de sadismo e de crueldade. É um ato deliberado de maldade, sustentado pela lógica cínica “eles sabem o que fazem e por isso o fazem.” (Zizek, 2012)
Por décadas a fio, o tal vírus ideológico permaneceu submerso no mundo da política contaminando silenciosamente um número cada vez maior de indivíduos. O primeiro agente hospedeiro desta doença infecciosa foi aquele cidadão tosco que arrotava a sua ignorância com piadas racistas após algumas doses de bebida. Prepotente e mal resolvido com a própria sexualidade, este indivíduo não admite que o outro decida livremente sobre a sua própria vida, muito menos reconhece qualquer outra verdade que não seja a sua. O problema é que o vírus se alastrou e o ser abjeto não está mais sozinho. Ele é e se faz representado politicamente! Em certa medida, o mundo virtual se tornou um ambiente propício para a disseminação desse vírus. Ainda que tenha ocorrido uma reação profilática por parte de setores da sociedade civil, este movimento não foi suficiente para conter o avanço da agenda autoritária . 
Dentre as formas de ação do vírus, as redes sociais emergem como um espaço privilegiado para a difusão de discursos extremistas. A retórica fundamentalista se erige a partir de uma onda conspiratória com forte carga racista e misógina, e que toma o outro como "inimigo" a ser combatido. A fluidez dos marcos legais da Internet permite que notícias falsas se espalhem (quase que) impunemente destruindo reputações e ameaçando as liberdades civis. A reafirmação da identidade do “eu” demanda, neste caso, a negação da alteridade, ao se erguer uma fronteira bem definida diante do outro, então suscetível às arbitrariedades da violência policial. Por exemplo, a tipificação do negro como elemento potencialmente criminoso não tem origem em um passado recente. O racismo está entranhado em nossas sociedades, como se viu recentemente no assassinato de George Floyd por policiais da cidade de Minneapolis, sob a alegação de supostamente portar uma nota falsa de vinte dólares. 
Por sua vez, projeta-se uma reação sistemática, ainda em curso, ao vírus ideológico do fascismo. A própria mobilização popular a partir do lema “Black lives matter”, que percorreu várias cidades dos Estados Unidos e do mundo, derrubando estátuas de indivíduos controversos, com histórico ligado à escravidão, nos possibilita pensar que o fim deste mundo talvez não seja tão ruim. Zizek nos fala que este outro vírus (que chamaremos aqui de vírus contra-hegemônico), consiste em conjecturar um mundo assentado em novas formas de cooperação e de solidariedade globais. O autor chega a considerar que o coronavírus pode vir a reinventar o comunismo (sob uma nova forma) ao introduzir a confiança no povo e na ciência. O entendimento do autor acerca do que consiste o fim do mundo poderia seguir na direção do colapso da ordem capitalista internacional, ou pelo menos, sinalizar para mudanças sistêmicas. Em suma, o processo de transformação não será suave e terá, em todos os seus efeitos, um caráter radical. 
Como advertiu o crítico literário Fredric Jameson, os filmes de ficção científica se constroem a partir de uma perspectiva utópica ao (re)pensar o mundo por meio de uma nova solidariedade entre os homens. Um asteroide que está prestes a por fim a toda a vida na Terra, ou o potencial destrutivo de um vírus enseja uma nova forma de se deparar com a vida no sentido de estabelecer laços solidários entre os homens. Mais uma vez, Zizek argumenta que não se trata em “aproveitar sadicamente do sofrimento generalizado contanto que ele contribua com nossa causa. Muito pelo contrário. Trata-se de refletir sobre o triste fato de que precisamos de uma catástrofe dessa magnitude para nos fazer repensar as características básicas da sociedade em que vivemos" (2020). A pandemia revelou o que sempre fez parte da nossa realidade, mas que no passado recente, era tratado como normal. 
Talvez, a crise imposta pela pandemia nos permita pensar em novos mundos sociais possíveis para além do cenário distópico dos dias atuais. Talvez, seja o momento de refletirmos sobre as desigualdades que foram escancaradas com a pandemia, usarmos essa experiência catastrófica para pensarmos qual é o novo mundo que desejamos. Desde o início deste milênio, por meio do Fórum Social Mundial, movimentos sociais oriundos de todos os continentes uniram esforços visando elaborar estratégias de ação para uma transformação social global. 
Como modelo de cooperação global coordenada na atualidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem desempenhando um papel importante durante a epidemia do coronavírus no sentido de instruir à população com alertas de esclarecimento ao público em geral. Esta organização poderia ser ainda mais eficaz no contexto atual se tivesse um poder deliberativo sobre os respectivos governos. Outro ponto não menos importante consiste na oferta universal e gratuita à saúde pública, tal como já ocorre no Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Outras catástrofes também rondam o horizonte distópico dos dias atuais, como a destruição de florestas nativas, as secas, a invasão às terras indígenas, etc. Como resposta aos problemas, a solução não passa pelo pânico generalizado, mas pela intervenção do Estado e pela criação de uma ação coordenada global.
Um dos pontos mais problemáticos atualmente consiste em entender que a vida não será mais como antes, que o dia depois de amanhã (e não um “novo normal” como se verá mais à frente) diferirá em inúmeros aspectos do intitulado normal de até então, que as soluções para os atuais e futuros problemas não serão tão simples quanto parecem. Ainda que algumas lideranças globais tenham tratado a crise com certo cinismo e desleixo, a resposta requerida passa pela intervenção estatal e pela cooperação internacional.
Não menos importante, o impacto capitaneado pela epidemia do coronavírus enseja uma mudança comportamental que está para além da esfera estatal atingindo as interações mais elementares da nossa vida em sociedade. A disciplina imposta pela assepsia do cotidiano, que nos proíbe de tocar nas pessoas e nos objetos, que impede o beijo e o abraço, e que restringe manifestações espontâneas de afeto e de raiva, produziu em pouco mais de três meses uma transformação radical no comportamento das pessoas. Essa revolução comportamental atinge o mundo como um todo ao impor disciplina e assepsia em relação ao próprio corpo e ao corpo do outro. Os efeitos desta transformação sobre a população brasileira talvez apresente um caráter mais perverso em virtude da afetividade tipicamente latina e representativa de nossa brasilidade no conjunto de nossas relações sociais. 
Ao que tudo indica, a realidade virtual pode vir a se tornar um dos poucos lugares seguros no mundo Pós-Pandemia. Se por certo tempo, o adjetivo "viral" designava a massificação de um fenômeno digital no cotidiano social a despeito de todo potencial destrutivo embutido. O que se verifica no contexto atual é um retorno ao significado literal do termo, não apenas levando em conta a dimensão virtual, mas também a real (ZIZEK, 2020). 
O capitalismo contemporâneo se utiliza de uma retórica animista para tratar da crise vivenciada no Brasil e no mundo. Os mercados globais e a própria Bolsa de Valores são tomados como entidades vivas que perturbam o nosso dia a dia, como, por exemplo, quando os mercados ficam "nervosos" com determinada medida adotada pelo Banco Central americano impulsionando, desta forma, uma queda de 3 pontos percentuais. Diante do colapso econômico que se aproxima, não seria o momento de se repensar o papel do Estado na gestão da(s) crise(s)? Em vez de políticas de austeridade, tal como propagado por uma gama de rentistas do mercado financeiro, não seria necessário uma maior intervenção do Estado em todos os setores da sociedade? Na atual conjuntura, o fato é que o próprio capitalismo demanda uma maior organização global para não colapsar.  
O que se defende é um Estado que promova o desenvolvimento sustentável, cônscio da responsabilidade em reduzir as desigualdades sociais, oferecendo uma maior rede de proteção aos indivíduos e comunidades nativas, como indígenas e quilombolas. Este novo pacto social redunda na valorização do Sistema Único de Saúde, que apesar do sucateamento proposital da rede médica por décadas, resiste e atende a milhões de brasileiros em todas as partes do país. Ao contrário do Brasil, um cidadão americano, que se tornou o homem com maior tempo de internação no tratamento da Covid-19 (62 dias), recebeu do hospital de Seattle uma fatura de US$1,1 milhão.  
Neste sentido, a defesa de uma agenda de reformas neoliberais, sob o engodo modernizante da necessidade de implementar medidas que visem à austeridade das contas públicas, caminha no sentido contrário ao demandado pelo sistema internacional para conter os efeitos da crise. Alguns críticos poderiam objetar que a vida política poderia ser convulsionada por uma agenda totalitária apoiando-se no caos generalizado, como advertiu recentemente Noam Chomsky (2020). Apesar de tal hipótese não estar totalmente descartada, o que se verifica até o momento no Brasil e no mundo consiste na mobilização das instituições democráticas e na aglutinação de movimentos sociais visando contrapor o avanço da violência, da discriminação e do militarismo.


O Ragnarok e o dia depois de amanhã:

Para deixar tudo bem claro, algumas palavras precisam ser ditas. Primeiramente, o Ragnarok nada tem a ver com um “novo normal”. Nos últimos meses, com a eclosão da epidemia do coronavírus, se alastrou pelo mundo acadêmico uma série de reflexões a respeito do que será do mundo após o fim do isolamento social. Artigos e resenhas proliferaram em páginas na Internet, no noticiário impresso e televisivo sugerindo a feição da realidade humana pós-pandemia. De um modo geral, a ideia de “normalidade” perpassa o conjunto das análises. Se já constitui algo equívoco tentar estabelecer o “império do normal” hoje, quiçá definir o que virá a ser o “novo normal”. A única razão que talvez justifique esse ímpeto normativo decorre da necessidade em estabelecer certa estabilidade e regularidade no conjunto das relações sociais. A fluidez de tempos tão incertos em quase todos os aspectos da vida (saúde, emprego, renda, habitação, educação...) impõe ao pesquisador o desejo de conjecturar uma sociabilidade que preserve minimamente qualquer tipo de constância. 
A narrativa em torno do “novo normal” reflete a ideia de que a realidade existente até então teria sido de algum modo satisfatória. É como se a vida até o início do mês de março de 2020 possa ser entendida como razoavelmente boa, apesar de alguns aspectos desagradáveis, como o crescimento da miséria no mundo, a destruição dos ecossistemas, a degradação da fauna e da flora, a poluição da atmosfera terrestre, a ascensão de discursos extremistas que advogam pela segregação e morte das minorias, a perda de direitos sociais e trabalhistas e a criminalização da pobreza nas periferias dos centros urbanos. 
No momento da redação deste texto, o Brasil acumula a fatídica marca de 1,6 milhão de pessoas infectadas pela epidemia do coronavírus com mais de 65 mil mortes. Em todo mundo, o número de casos confirmados ultrapassa a casa de 11 milhões de pessoas, das quais 540 mil vieram a óbito. Distante da realidade dos fatos, os dados oficiais das autoridades sanitárias camuflam a carnificina que se avoluma nas grandes cidades e se interioriza pelas áreas rurais. De modo inverso, a perplexidade de parcela da opinião pública repousa não sobre a morte de milhares de seres humanos, mas pelo fato de tal estatística minar a legitimidade do seu político de estimação. A vida quantificada em termos numéricos carece de significado real – é a própria banalidade do Mal.
De modo direto, como se pode aludir a um novo normal com mais de mil mortes diárias?  Significa então, que passamos a considerar normal a morte do outro desde que o outro não seja alguém da nossa família? O novo normal seria garantir os lucros da minha empresa ainda que isto represente a morte dos indesejáveis, em especial, idosos ou indivíduos com algum tipo de comorbidade? Pode-se dar a isto o nome que quiser, menos chamá-lo de novo, e muito menos de normal. 
A pandemia nos obrigou pensar sobre a vida, a morte, o luto, as relações afetivas, o que de fato é importante e o que queremos. Planos para a vida pós-pandemia não faltam. Se por um lado os discursos de ódio e menosprezo a vida do outro se fizeram presentes, também nos causaram espanto. Os movimentos dominicais que pedem a volta da ditadura militar nos mostraram que conhecemos muito pouco a nossa história, mas recente pesquisa nos mostrou que sonhamos com a continuidade de nossa democracia. Talvez, a pandemia tenha nos revelado sonhos que andavam esquecidos.
A analogia ao Ragnarok no presente texto nada mais é do que um recurso discursivo bem-humorado a partir da narrativa mítica nórdica para refletir sobre a crise desencadeada pelo novo coronavírus. Resolvemos usar assim o termo de modo impreciso e não conceitual. O termo em voga (“novo normal”) sugere algum tipo de continuidade com a ordem pregressa, algo como um presente repaginado. Na mitologia nórdica, o Ragnarok representa o fim de uma era convulsionada pelo conflito mortal entre os deuses após uma série de eventos cataclísmicos. O caos se opunha à ordem em uma batalha épica prenunciada em verso e prosa. Não se trata, por conseguinte, de uma associação simbiótica entre o novo e o velho, ou entre o caos e a ordem. O Ragnarok deve significar a própria ruptura, o fim dos tempos em todos os seus aspectos. 


Referências Bibliográficas:
ABRANCHES, S. et al. Democracia em risco?: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ANDERSON, Perry. Brasil à parte. São Paulo: Boitempo Editorial, 2020.
ARENDT, Hannah, Eichmann em Jerusalém, Um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
CHOMSKY, Noam. Não podemos deixar a Covid-19 nos levar ao autoritarismo. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2020/03/26/chomsky-nao-podemos-deixar-o-covid-19-nos-levar-ao-autoritarismo/>. Acesso em: 01 jul 2020.
DAVIS, Mike et al. Coronavírus e a luta de classes. Brasil: Terra sem Amos, 2020.
GIELOW, Igor. Apoio a democracia chega a 75% e bate recorde em meio a ameaças de Bolsonaro. Jornal Folha de São Paulo, 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/apoio-a-democracia-chega-a-75-e-bate-recorde-em-meio-a-ameacas-de-bolsonaro.shtml. Acesso em: 02 Jul. 2020. 
GUIA Pervertido da Ideologia. Direção de Sophie Fiennes. Londres: Zeitgeist Films, 2012. 
ZIZEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do Real!. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.
_____________. Bem-vindo ao deserto do viral! Coronavírus e a reinvenção do comunismo. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2020/03/12/zizek-bem-vindo-ao-deserto-do-viral-coronavirus-e-a-reinvencao-do-comunismo/> Acesso em: 01 jul 2020.

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